No dia 14 de Setembro de 1182 - uma bela manhã do século XII, por sinal! -, D. Fuas Roupinho, primeiro almirante da armada portuguesa e companheiro de armas de D. Afonso Henriques, deslocou-se até às matas do Sítio da Nazareth para se encontrar com um familiar do Bambi que estava possuído pelo demónio (facto que ele desconhecia), com o intuito de realizarem uma Street Race. Passados alguns minutos do início da corrida, o veado pressionou o botão nitro e desapareceu a uma velocidade alucinante na neblina que se levantou inesperadamente do mar. O alcaide de Porto de Mós tinha mau perder e, numa sequência de actos irreflectidos, levou a sua montada até ao limite, com chibatadas, esporadas e insultos. No abismo, o seu cavalo - Rocinante I, antepassado do equídeo que pertenceu a Dom Quixote de La Mancha - fincou as patas traseiras no cimento fresco (a pata do cavalo está lá gravada até hoje), graças à ajuda preciosa da virgem Maria que surgiu com o filho ao colo em cima de uma nuvem, evitando a queda aparatosa de uma escarpa com, aproximadamente, 112 metros de altura.
