12.10.12

sua majestade

No reino mais inefável de que há memória, o destino da plebe - maioritariamente maniatada pela letargia subjacente ao seus próprios costumes - foi dirigido por Sua Majestade: mente psitacista que reinou a seu bel-prazer, coadjuvado pelos membros permanentes da corte e por todos aqueles que não teve qualquer dificuldade em subornar.
Inspirado pela extravagância do pirómano Nero, este indivíduo foi uma espécie de upgrade sórdido do imperador romano, uma vez que não queimou o seu reino de uma assentada, optando, ao invés, por alimentar uma pequena chama conspurcante que alastrou sorrateiramente durante duas décadas. Todavia, todas as palavras seriam poucas para descrever as vicissitudes deste monarca, o que dificulta a atribuição do epíteto em falta na estátua que o homenageia (inspirada no Colosso de Rodes). Bem... sugiro que deixemos que a História se encarregue disso!